DICAS DE SAÚDE

Prezados leitores: Ressaltamos que as Dicas de Saúde publicadas por este Blog, não equivalem a uma receita médica; são apenas "dicas".

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

AS ERVAS E A SUA SAÚDE


INDICAÇÕES PARA ALGUMAS ENFERMIDADES

Gripe, inflamações na garganta e tosse
gripe
- algodoeiro, alho, assa-peixe, carqueja, erva-cidreira, guaiaco, limoeiro, manjero, marapuama, sabugueiro.
infecções das vias aéreas superiores - acônito, actaea, alho, benjoin, cajueiro, cebola, eucalipto, framboeseira, gengibre, jamelão, malva, mil-folhas, poejo, saião, cirtopódio, tanchagem-maior, tanchagem-menor, tília, violeta.
tosse - erva-doce, gervão, guaco, lobélia, pata-de-vaca, poejo, umbaúba, violeta.
rouquidão - gervão.
sinusite - buchinha-do-norte.
laringite - sabugueiro.
Doenças bucais
doenças bucais
- alfavaca, guaco, malva.
aftas - cajueiro, pedra-ume-caá.
gengivite - arnica.
dor de dente
- alho, hamamélis, jaborandi, tanchagem-maior.
inflamações orais - endro, carqueja, malva, margaridinha, mulungú, picão, ratânia, romãzeira, sálvia.
halitose - alfavaca, erva-doce, funcho, malva.
Cabelos
calvície
- alecrim, alfavaca, arnica, arruda, babosa, bardana, cebola, jaborandi, marapuama, pimentão, quina.
Celulite
doenças vasculares periféricas
- centella asiática, ginseng.
Doenças de pele
abcesso de pele
- cirtopódio, erva-moura, funcho, picão, bardana.
acne mastruço.
dermatites - guaco, sabina.
doenças de pele - agrião, alcachofra, alcaçuz, amor-do-campo, guaiaco, ipê-roxo, malva, salsaparrilha, senega, tília, urtiga-menor.
úlceras da pele - mil-folhas, cajueiro, cana-do-brejo, erva-moura, licopódio, loureiro, saião.
verrugas - celidônia, sabina, saião, túia.
hidratante - babosa.
inflamações da pele - confrei.
micoses - guaco.
picadas de insetos - aveia, calêndula, cebola, saião, sálvia.
piodermites - cebola.
psoríase - copaíba, mil-folhas.
herpes simples - amor-do-campo, bardana.
erisipela - babosa, erva-de-bicho, eufórbia, sabugueiro, saião, urtiga.
escabiose sarna- bardana.
Machucados e contusões
antiinflamatório
- alcaçuz, algodoeiro, amor-do-campo, baicurú, centella asiática, copaíba, hortelã, macela-da-terra, maracujazeiro, mil-folhas, saião, sálvia, serralha-branca, solidago, violeta.
anti-séptico - anil selvagem, benjoin, carvalho, espinheira-santa, eucalipto, hamamélis, licopódio, limoeiro, losna, macela-da-terra, quina, valeriana, zimbro.
cãibras - mil-folhas.
calos - celidônia, saião.
cicatrizante - agrião, angelicó, babosa, calêndula, camomila, carqueja, centella asiática, cirtopódio, confrei, copaíba, erva-moura, espinheira-santa, eucalipto, gervão, jenipapeiro, jucá, jurubeba, mastruço, mil-folhas, quina, sabugueiro, salsa, serralha-branca, solidago, tanchagem-maior, umbaúba.
contusões - alecrim, arnica, boldo, calêndula, castanheiro-da-índia, erva-moura, malva, mil-folhas, solidago.
ferimentos - saião, barbatimão, baicurú, gervão, grindélia, licopódio, licopódio, loureiro, mastruço, mil-folhas, tanchagem-maior.
queimaduras - calêndula, sabugueiro, saião, urucuzeiro.
Olhos
inflamação ocular
- cinerária, endro, salsa.
conjuntivites - cinerária, eufrásia.
glaucoma - jaborandi.
dor ocular - cinerária, eufrásia.
Ouvido
otite externa
- algodoeiro.
Varizes
úlceras varicosas
- cavalinha, sálvia.
varizes - abútua , arnica, arruda, castanheiro-da-índia, hamamélis.
Outros
soluço
- endro - torcicolo - arnica - furúnculos - cebola, picão, cirtopódio.

Ervas de Poder
Em sua maioria são venenosas ou causam efeitos danosos à saúde a longo prazo

Alucinógenas

Caapi Banisteria caapi
Cânhamo-da-índia (cannabis sativa)
Celidônio-maior (Chelidonium majus)
Chancrona
Cipó jagube
Claviceps paspali
Cogumelo Psylocibe mexicana
Datura suaveolans.
Epadú
Erva Moura (Solanum nigrum)
Erytroxilon coca
Jurema (Mimosa verrucosa),
Mulungu - (Erythrina mulungu)
Noz-moscada Myristica fragans
Orinoco Piptadenia peregrina
Papoula (Papaver somniferun)
Prestonia amazônica (Haemadictyon amazonicum)
Pau-de-morcego (Andira anthelmintica)
Peyote Lophophora williamsii
Rivea corymbosa
Timbó-boticário (Piscidia erythrina)
Trombeta

Sedativas (segundo Raul Coimbra, 1958)
Açafrão, adonis, alface, alfazema, anil, ais, arnica, beladona, camomila, cânfora, canabis, casimiroa, cassaú, cerejeira-de-virgínia, cicuta, cimicífuga, crataego, dormideira, dulcamara, erva-macaé, espargo, espinheiro, gelsêmio, hamamelis, heléboro-branco, heléboro-verde, jucá, lactucário, laranjeira-amarga, leptolóbio, limoeiro-bravo, lúpulo, macis, mamoeiro, maracujá, meimendro, mulungu, ópio, piscídia, quitoco, símulo, solanum caroliense, tasneirinha, tília, timbó, valeriana, viburno, viscum album.

Afrodisíacos
Abacateiro, assafétida, baunilha, cantárida, catuaba, cominho, damiana, noz-vomica, muirapuama, salva, ginseng coriano (panax ginseng)

Anafrodisíacos (que tira o apetite sexual)
Alface, cânfora, cicuta, dulcamara, lúpulo

Excitantes - guaraná, café, ginseng



ALHO

O alho (Allium sativum) é uma planta herbácea da família Liliaceae, amplamente utilizada na culinária como condimento, sendo também empregado empiricamente no tratamento de diferentes condições. É originária de regiões mediterrâneas e conhecida desde a antigüidade, sendo utilizada pelos egípcios, gregos e romanos.
De forma empirica, o alho é utilizado como coadjuvante no tratamento de infecções das vias aéreas superiores e inferiores. Mais recentemente, a mídia vem divulgando o emprego rotineiro de alho como importante fator de proteção para doenças cardiovasculares. Neste contexto, recentes investigações tem apontado inúmeras utilidades terapêuticas, entre as quais o mecanismo anti-hipertensivo e hipolipemiante (diminuindo as taxas de colesterol séricas).
No presente artigo, são revistos as principais achados científicos sobre o alho relacionados na literatura médico-farmacêutica, enfocando-se seu uso clínico e aplicações terapêuticas.
ASPECTOS BOTÂNICOS

Planta herbácea, com caule bulboso, subterrâneo e arredondado ou aéreo até 1 metro de altura. Folhas verdes, estreitas, pontiagudas, longas e delgadas. As flores são brancas reunidas em inflorescências do tipo umbela. A raiz é um bulbo constituído por bolbilhos denominados popularmente de "dentes de alho". COLOCAR MAIS COISAS!
COMPOSIÇÃO QUÍMICA E FARMACOLOGIA

  Óleo essencial possui aliína [(+)-S-alil-L-cisteína-sulfóxido], que por ação da alinase, forma a alicina (aliltiossulfinato de alilo). Essa última substância inibe o desenvolvimento de várias bactérias patogênicas (Gram positivas e negativas), in vitro, em diluições até 1:125.000, comportando-se como bacteriostático. Métodos cromatográficos permitem reconhecer substâncias análogas à aliína distintas   pelos grupos alquila (S-alilcisteína, S-alilcisteína sulfóxido, S-metilcisteína sulfóxido (Schultz & Mohrmann, 1965; Costa, 1994).
O óleo volátil e o extrato aquoso apresentam atividade fungicida. O sulfeto de dialila apresenta atividade antineoplásica e diminui a freqüência de adenocarcinomas. Também foram observadas as atividades anti-diabética; hipotensora, que é acompanhada de um aumento da freqüência cardíaca (indicando que possivelmente se trata de um efeito hipotensor periférico) (Ribeiro et al, 1984) anti-hepatotóxica; atividade redutora das contrações abdominais (seguida de um posterior aumento o que indica uma possível presença de substâncias analgésicas e hiperanalgésicas).
Foram observados, em experimentos utilizando a espécie Allium cepa, inibição das enzimas ciclooxigenase e lipoxigenase, o que possivelmente seria a explicação para os efeitos de diminuição do colesterol, aumento do tempo de sangria (devido a diminuição na velocidade de agregação plaquetária) e efeito antiasmático. Os efeitos de substâncias isoladas de Allium sativum sobre os mecanismos do ácido araquidônico e sobre a agregação plaquetária foram descritos por Sharma & Nirmala (1985).
O alho contém também isossulfocianato de alilo, heterósidos sulfurados, vitaminas (A, C, B1, B8, P), glicídios, e substâncias de atividade análoga à dos hormônios sexuais (Costa, 1994).
Em ateroesclerose induzida experimentalmente foi observado que preparações de alho possuem efeito protetor (Jain, 1975; Adetumbi e Lau, 1983). Vários outros trabalhos têm demonstrado as ações bactericida e antifúngica para Allium sativum (Tansey e Appleton, 1975; Adentubi e Lau, 1983). Mais recentemente, com o advento da terapêutica antioxidante (Medicina Ortomolecular), estudos relacionados à atividade antioxidante de extratos aquosos de Allium sativum têm sido realizados por várias metodologias diferentes (Popov et. al., 1994; Lewin e Popov, 1994) e os resultados obtidos têm sido bastante promissores.
USO CLÍNICO

Até o momento, um dos aspectos mais estudados sobre a farmacologia do alho é sua atividade antimicrobiana, por conta da aliína. Reconheceram-lhe propriedades bacteriostáticas e bactericidas, inclusive para Mycobacterium tuberculosis (Costa, 1994).
O extrato aquoso de Allium sativum, é um inibidor da adesão de Candida sp nas células do epitélio bucal.
O alho é também utilizado no tratamento de helmintíases intestinais (Ascaris lumbricoides e Enterobius vermicularis), e como coadjuvante na terapêutica da hipertensão arterial, das deslipidemias - principalmente hipercolesterolemia - e do diabetes mellitus (Costa, 1994).
Estudo realizado por Sendl et al (1992) relata que a espécie Allium ursinum pode substituir, em termos medicinais , o Allium sativum.
TOXICOLOGIA

O uso excessivo de extrato ou cápsulas de alho pode causar irritação gástrica, algumas vezes com febre, cólicas intestinais, cistite, erupções flictenulares e polaciúria.

Dicas gerais
vida saudável

Higiene corporal, dos alimentos e ambiental:
É através da boa higiene que prevenimos uma série de doenças. A manutenção da higiene não se restringe apenas ao asseio do próprio corpo, mas também à limpeza dos alimentos e da água que ingerimos, e à limpeza e conservação do meio em que vivemos.
Higiene do nosso corpo:
Devemos nos banhar diariamente com água fresca e limpa. O banho deve ser de preferência frio, e caso você não goste, tome uma ducha fria no final do banho. Antes das refeições e após a utilização do banheiro não devemos esquecer de lavar as mãos. As unhas devem ser mantidas sempre bem limpas, principalmente as das crianças. A escovação dos dentes deve ser feita sempre após as refeições, use o fio dental, pois ele alcança regiões que a escova não alcança. Outra medida importante na prevenção de cáries dentárias é evitar o abuso de açúcares e doces.
Higiene dos alimentos:
Na aquisição dos alimentos, certifique-se da procedência, preste sempre atenção na data de validade e na conservação da embalagem. Os alimentos devem ser lavados com água tratada e abundante, e os perecíveis devem ser mantidos sob refrigeração para melhor conservação.
Higiene de casa:
Para sermos saudáveis, devemos nos preocupar com a limpeza freqüente de nossa casa, evitando o acúmulo de poeira, lixo e a proliferação de insetos. Caso haja alguma infiltração, esta deve ser reparada, evitando, desta forma, a umidade e o mofo. Não se esqueça da higiene de sua caixa dágua, que deve ser mantida sempre fechada e limpa a cada seis meses.
O saneamento básico, como a construção de rede de esgoto e o fornecimento de água tratada, deve ser incentivado na comunidade onde você mora, através de uma associação de moradores e junto ao poder público e às entidades não governamentais.
Cuidando do lixo:

Sem um destino adequado, o lixo passa a ser um meio de transmissão de doenças. O principal problema é a proliferação de roedores e insetos que transmitem inúmeras doenças. O lixo acumulado em locais indevidos polui o meio ambiente, o ar, o solo e a água subterrânea, além de causar desmoronamento de encostas na época de chuvas. Não se esqueça da importância da coleta seletiva, separando o lixo orgânico do lixo que é reciclável, como garrafas, latas, papéis, que podem ser vendidos. Utilizando estas dicas evitamos uma série de doenças contagiosas, como as parasitoses intestinais, hepatite, dengue, cólera, leptospirose e tantas outras doenças, além de mantermos o meio em que vivemos mais saudável e preservarmos a natureza que nos cerca.
Preservar a natureza é preciso.
Alimentação:
É através de uma boa alimentação que o nosso corpo adquire e renova as forças que gastou para exercer todas as atividades de nosso dia a dia e para garantir uma boa resistência orgânica.
Procure alimentos naturais, frescos e da época. Aproveite os talos e as folhagens das hortaliças, pois são muito nutritivos e ricos em fibras. Evite alimentos danosos a saúde em excesso, como açúcar refinado (use refinado, mascavo ou mel), balas, biscoitos, enlatados, embutidos, industrializados, que possuem corantes e conservantes que podem fazer mal à saúde.
Faça as refeições em horários regulares, em ambientes calmos e sempre mastigando bem os alimentos, pois a digestão começa na mastigação. Evite refeições pesadas a noite.
Organize um cardápio variado, mudando sempre os alimentos e procurando, diariamente, ingerir todos os grupos de alimentos como as frutas (ex: maçã, laranja, banana, morango), os cereais (ex: arroz, aveia, cevada, milho, trigo), as leguminosas (ex: feijão, lentilha, grão de bico, ervilha), os frutos e flores (ex: abóbora, chuchu, beringela, couve flor, brócolis), os tubérculos (ex: inhame, cenoura, batata, beterraba) e as carnes (aves, peixes, boi). Desta forma seu corpo adquire nutrientes necessários para um bom funcionamento, como as vitaminas, as fibras, os carboidratos, as proteínas, lipídeos (gorduras) que também são necessários para nossa saúde.
Onde encontrar estes nutrientes?
As vitaminas e sais minerais são encontradas nas frutas e frutos, nas verduras, nos cereais e nos tubérculos; as proteínas são de origem animal (carne, ovo, leite e derivados) e de origem vegetal (leguminosas e cereais); encontramos os carboidratos nos tubérculos, cereais e massas; as fibras são encontradas em praticamente todos os grupos, principalmente nos cereais integrais, nas frutas e nos talos. Dê preferência as gorduras de origem vegetal, como o azeite, o óleo de semente de girassol e as castanhas, que são considerados “o bom colesterol”. As gorduras de origem animal que encontramos nas carnes e laticínios são considerados “o mau colesterol”, e devem ser usados com muita moderação.
Existem alguns problemas de saúde ligados à má alimentação. A desnutrição, que é o resultado da deficiência de proteínas e calorias, acomete adultos e principalmente crianças, causando atraso do crescimento e do desenvolvimento (mental). As hipovitaminoses, ou deficiências de vitaminas, como a falta de vitamina A causam problemas de pele e visão; a falta do complexo B causa problemas musculares, nos nervos e ossos; a carência de vitamina C causa hemorragias na gengiva, e a falta de vitamina D causa problemas nos ossos. A anemia pode ocorrer também quando existe uma baixa ingestão de ferro (presente no feijão, vísceras, couve, beterraba) e mais raramente por outras causas. Quando é causada pela falta de ferro é chamada de anemia ferropriva.
Hidratação
A ingestão de água mantém a hidratação do corpo, participa da eliminação de toxinas e impurezas através da urina, do suor e das fezes e, através da evaporação, promove a regulação da temperatura corporal.
Beba sempre água fresca, de boa procedência e filtrada ou fervida, de preferência 2 litros de água por dia. Pela manhã, ao acordar, tome pelo menos 1 copo dágua em jejum, pois beneficia as funções digestivas e intestinais.
Durante a prática de exercícios e em dias quentes, beba mais água. Não espere sentir sede.
O procedimento para a desinfeção da água para consumo deve ser o seguinte: para cada 1000 litros de água adicionar 15 cc de hipoclorito de sódio; esta medida pode ser feita na seringa.
A água pode também ser fervida, para eliminação dos microorganismos

O Sol
É necessário tomar banho de sol freqüentemente, principalmente as crianças, pois o sol ativa a vitamina D que, por sua vez, aumenta a absorção de cálcio do aparelho gastrointestinal e auxilia a controlar a deposição de cálcio nos ossos. Porém é preciso ter cuidado ao se expor diretamente.
O sol é benéfico até as 10 horas da manhã e depois das 16 horas da tarde, deste de que não haja exageros. Procure sempre usar filtro solar ao se expor diretamente, evitando, desta forma, os efeitos nocivos dos raios solares sobre a pele.
Sistema digestivo
O sistema digestivo inicia-se na boca, onde começa a digestão, quando o alimento é triturado e misturado com a saliva segue para o esôfago, por onde o alimento passa até chegar ao estômago; lá o bolo alimentar continua a sofrer o processo digestivo pelo suco gástrico, seguindo para o intestino delgado, onde os sucos biliares e pancreáticos finalizam a digestão e inicia-se o processo de absorção dos nutrientes; no intestino grosso dá-se a absorção da água e sais minerais com a formação do bolo fecal que é eliminado através da evacuação.
Geralmente os problemas digestivos são gerados por maus hábitos de vida, como uma dieta rica em frituras, alimentos gordurosos (hamburger, salgadinho, presunto, mortadela, bacon, toucinho, salame, manteiga, maionese), excesso de bebidas ricas em cafeína como o café e o mate, uso de água e alimentos contaminados, ingestão de bebidas alcoólicas em excesso, tabagismo, refeições realizadas com pressa e em ambientes agitados, refeições pesadas à noite e estresse emocional.
Como manter o bom funcionamento do sistema digestivo:
· Coma alimentos saudáveis, frescos e ricos em fibras, como as frutas, verduras, legumes, tubérculos, frutos, cereais integrais, carnes magras, preferencialmente grelhadas ou assadas no lugar das frituras.
Evite bebidas alcoólicas e ricas em cafeína em excesso, principalmente em jejum. Beba água antes do café da manhã, favorece a digestão. Faça suas refeições com calma, saboreando e mastigando bem os alimentos.
É importante manter a higiene dos alimentos lavando sempre com água fresca. Pratique exercícios abdominais que fortalecem e estimulam, os órgãos da digestão.
· Alguns temperos ajudam a manter o bom funcionamento do sistema digestivo, facilitando a digestão. Alguns exemplos são orégano, alecrim, manjericão, tomilho, sálvia, estragão, salsão, cominho, gengibre e noz moscada.
· Em caso de vômitos e diarréia, principalmente nas crianças, inicie imediatamente o soro caseiro e leve a criança ao médico. O soro deve ser oferecido em pequenos goles e várias vezes ao dia, dependendo da intensidade do caso, para evitar a desidratação.
Não faça uso de alimentos gordurosos e de difícil digestão, ofereça água de arroz e maça cozida. O soro caseiro deve ser preparado da seguinte forma: 250 ml de água filtrada ou fervida, 2 colheres (de chá) rasas de açúcar e 1 pitada de sal.
· No caso de diarréia crônica, observe a tendência de certos alimentos que podem desencadeá-la e evite-os, coma alimentos constipantes, como fécula de batata, arroz branco, aipim (mandioca), frutas como goiaba, banana, maçã e caju. Na constipação intestinal, coma alimentos ricos em fibras, que aumentam o volume fecal, favorecendo seu movimento através do tubo intestinal e retirando pequenos resíduos da parede dos intestinos.
Entre os alimentos indicados podemos citar o farelo de trigo, o trigo e o arroz integral, a aveia, o mamão, a ameixa, a banana madura, a laranja lima e a lima com bagaço.
· Em caso de gastrite, siga as recomendações gerais de dieta saudável, restringindo as frituras, alimentos gordurosos, refrigerantes, bebidas alcoólicas e ricas em cafeína; evite o tabagismo e o estresse excessivo.
· Quando ingerido cru, o azeite de oliva estimula o metabolismo, promove a digestão e lubrifica as mucosas intestinais. Uma colher de sopa de azeite contém 120 calorias e 14 gramas de gordura. A maior parte dessa gordura, porém, é monoinsaturada, com efeito benéfico sobre os níveis de colesterol do sangue.

Tratamentos benéficos na manutenção da saúde

São tratamentos que abordam o paciente integralmente, levando em consideração que vários fatores em conjunto se interagem e interferem na saúde de cada indivíduo.
- Massagem terapêutica: técnica de compressão manual que visa restabelecer a circulação e o relaxamento de áreas específicas do corpo. Existem várias técnicas distintas como o Shiatsu, o Tui Na e a Massagem Ayurvédica.
- RPG (reeducação postural global): técnica de correção postural que por meio de posturas, procura um estiramento e alongamento dos músculos e conseqüentemente um reequilíbrio muscular e das curvaturas vertebrais. Esta técnica leva em consideração os padrões individuais, abordando cada indivíduo de acordo com o seu padrão.
- Osteopatia: é um conjunto de técnicas manuais que visa avaliar, e na presença de uma disfunção, restabelecer a mobilidade dos tecidos que se articulam entre si (ossos, articulações, fascias muscular e visceral).Tanto seu diagnóstico, quanto seu tratamento, são manuais.
- Acupuntura: método terapêutico usado há milênios pelos chineses e japoneses, e que consiste na introdução de agulhas muito finas em pontos cutâneos precisos, considerados unidades funcionais integrativas. Deste modo seu efeito age de forma integrada, restaurando o livre fluxo de energia em todo o organismo.
- Homeopatia: sistema de tratamento de doenças, que por meio de doses infinitamente diluídas e dinamizadas de substâncias (plantas, minerais e animais), é capaz de estimular a capacidade de cura do organismo.
- Medicina Ortomolecular: o nome “ortomolecular” deriva do grego “orto”, que significa correto, e de molécula. Ou seja, a medicina ortomolecular significa “medicina da correção molecular”. Trata-se de uma terapia da normalização metabólica e tem como objetivo principal o restabelecimento do equilíbrio orgânico através da utilização de agentes chamados antioxidantes, visando a neutralização da ação deletéria dos radicais livres presentes no corpo humano.
Sua forma de tratamento é através de formulações de vitaminas, oligoelementos, minerais e agentes quelantes e desintoxicantes. Um dos recursos utilizados pela ortomolecular para analisar a composição mineral do fio de cabelo é o mineralograma, que é capaz de revelar a quantidade de minerais, microminerais e metais pesados no organismo.
- Fitoterapia: é um tratamento onde se utiliza como recurso terapêutico as plantas medicinais, considerando suas informações tradicionais advindas da etnofarmacologia e suas ações farmacológicas investigadas cientificamente. Existem vários sistemas de fitoterapia, como o sistema chinês, o indiano, o africano, e no Brasil o indígena.

Sistema urinário

O sistema urinário é constituído por orgãos e estruturas com várias funções: os rins produzem e excretam a urina, através da filtração de líquidos orgânicos que reabsorvem pequenas substâncias como os íons de sódio e potássio, e secretam resíduos do metabolismo orgânico através da urina.
Os ureteres conduzem a urina para a bexiga, onde é armazenada e eliminada pela uretra. Os problemas de saúde mais comuns neste sistema são: cistite (inflamação da bexiga gerada por um fator irritativo ou por infecção urinária e ginecológica, sendo mais comum nas mulheres), cálculo renal e vesical (pedras nos rins e na bexiga), que predispõe à infecções urinárias.
Os cálculos são resultado do acúmulo de minerais orgânicos e metabólicos nas vias urinárias, podendo ser originário de oxalato de cálcio, fosfato e ácido úrico. Este acúmulo está ligado a fatores individuais, dietéticos e hereditários. O excesso de cálcio, oxalato de cálcio e altas taxas de colesterol e triglicerídeos favorecem o aparecimento de cálculos.
Como preservar o sistema urinário:
· Beba água e suco de frutas em abundância. Recomenda-se uma dieta leve; evite usar roupas apertadas e as roupas íntimas devem ser de algodão; use preservativos durante as relações sexuais e faça uma boa higiene íntima.
· Para se prevenir do aparecimento de cálculos deve-se evitar o excesso de alimentos ricos em cálcio, oxalato de cálcio, gorduras e proteínas no caso do aumento de ácido úrico.
Noções sobre Fitoquímica
As plantas medicinais possuem grupos de princípios ativos com características próprias. A fitoquímica estuda cada grupo, desde a estrutura química molecular até as suas propriedades biológicas.
O emprego terapêutico de plantas medicinais exige o conhecimento desses grupos para a avaliação das potencialidades terapêuticas, tóxicas e para a formulação de uma estratégia adequada para seu uso e combinação. Os principais grupos são os seguintes:
a) Taninos
Os taninos são compostos fenólicos, em geral polifenóis, de estrutura química variável. São moléculas grandes, por isso não costumam ser absorvidos pelo tubo digestivo. Os taninos têm muita afinidade com as proteínas formando com estas complexos e causando sua precipitação. Por isso causam uma sensação de desconforto na boca e língua quando ingeridos, conhecido popularmente como "cica", também chamado de sabor adstringente. Por terem afinidade e precipitar proteínas, os taninos são empregados na curtição de couros e peles.
São encontrados em plantas das famílias Rosaceae, Leguminosae, Myrtaceae, e Rubiaceae, em células jovens, uma vez que os frutos verdes são ricos em taninos, e os maduros perdem seus teores. Autores acreditam que sua função nos vegetais é de proteção, além de poderem atuar como precursores de glicídios.
Os taninos possuem atividade anti-séptica, antimicrobiana, anti-hemorrágica, antidiarréica, cicatrizante e antiinflamatória. A atividade anti-séptica e antimicrobiana se deve a lesão estrutural de moléculas da parede celular de protozoários, fungos e bactérias.
A atividade anti-hemorrágica é por precipitação de proteínas do plasma e ativação dos fatores da coagulação sangüínea. A atividade anti-diarréica deve-se a redução da atividade peristáltica do intestino por uma ação sedativa sobre a mucosa. A atividade cicatrizante é devido à formação de película protetora na região lesionada, possibilitando a sua reepitelização.
Por exemplo, as folhas e a casca da goiabeira (Psydium guajava), usada popularmente no tratamento de diarréia é rica em taninos. A hamamelis (Hamamelis virginiana), outra planta com taninos em sua composição possui atividade anti-diarreica, cicatrizante e anti-inflamatória.
Os taninos podem formar complexos com heterosídeos, mucilagens ou alcalóides, reduzindo sua absorção no tubo digestivo. Em doses excessivas os taninos são tóxicos. Causam lesão da mucosa do tubo digestivo, com epigastralgia, diarréia e cólicas abdominais. Quando a lesão da mucosa é extensa e os taninos são absorvidos, pode haver hemólise e insuficiência renal. Felizmente estas complicações só ocorrem em plantas com concentrações de taninos acima de 5%, o que é uma raridade.
B) Alcalóides
São bases orgânicas nitrogenadas, mas sua estrutura molecular costuma ser bastante diversificada e, por isso, sua classificação é complexa. São chamados de alcalóides pois possuem pH alcalino em solução. De todos os grupos de princípios ativos, os alcalóides possuem a maior atividade biológica. Os alcalóides costumam dar sabor amargo à planta.
Os alcalóides são comuns nas famílias Apocynaceae, Leguminosae, Papaveraceae, Rubiaceae e Solanaceae, mas podem existir em qualquer família. São freqüentes em partes da planta em vias de crescimento ou formação, tais como brotos, sementes e folhas jovens. Também podem ocorrer em tecidos superficiais, tais como cascas de raízes e tegumento das sementes. É possível que tenham função regulatória do crescimento do vegetal ou de proteção.
Os alcalóides são classificados de acordo com seu núcleo heterocíclico, que é uma estrutura cíclica ligada a um grupamento amina. Existe um grande pleomorfismo destes núcleos, caracterizando muitos subgrupos, alguns dos quais estão expostos na tabela abaixo:
sub-grupo
núcleo
exemplos
Alcalóide Imdazólico
Imidazol
Policarpina
Alcalóide Isoquinoleínico
Isoquilina
Berberina, papaverina
Alcaloide quinoleínico
Quinolina
Quinina
Alcaloides indólicos
Indol
Ergotamina, reserpina
Alcaloides tropânicos
Tropano
Atropina, Cocaína

Possuem os alcalóides atividade farmacológica muito variável, dependendo de seu subgrupo e das características específicas de sua fórmula estrutural. Abaixo alguns exemplos de alcalóides com atividade farmacológica estudada.
Nome químico
Espécie botânica
Atividade farmacológica
Escopolamina
Datura estramonium
anticolinérgica

Efedrina
Ephedra sinica
Adrenérgico
Papaverina Codeina
Papaver somniferum
vasodilatadora, antitussígena, analgésia
Toosedanina
Melia azedarach
vermicida
Rincofilina
Uncaria sinensis
anti-hipertensívo
   
Tanshionas (I a IV)
Salvia Milthiorrhiza
antianginoso, vasodilatador
Os alcalóides são bem absorvidos por via oral e costumam ser metabolizados no fígado. Por terem ação biológica potente eles têm grande potencialidade tóxica. Muitos possuem dose terapêutica próxima à dose tóxica, necessitando muito cuidado em seu uso terapêutico.
C) Glicosídeos
São compostos por um açúcar ligado a uma substância não glicídica chamada genina ou aglicona. A aglicona é a parte da molécula responsável pelos seus efeitos farmacológicos. Os glicosídeos são classificados de acordo com as características fitoquímicas da aglicona e têm gosto muito amargo. Os principais tipos de glicosídeos são os seguintes:
·Glicosídeos Alcoólicos:
É um tipo de glicosídeo onde a genina ou aglicona é um álcool. Um exemplo conhecido é a salicina, princípio ativo isolado do salgueiro (Salix alba). O infuso das folhas e cascas era usado pelos índios americanos contra reumatismo, febre e dor. O estudo das ações antiinflamatórias do salgueiro levou à descoberta dos salicilatos e à síntese do ácido acetil salicílico, a aspirina. Glicosídeos Cianogenéticos:
São os glicosídeos que por hidrólise liberam ácido cianídrico ou prússico (HCN). Como exemplo, temos a amigdalina, encontrada nas folhas do pessegueiro (Prunus persica) e de outras espécies deste gênero. Este glicosídeos são tóxicos, pois o ácido cianídrico inibe a respiração celular ocasionando anóxia.
·Glicosídeos esteroidais:
São glicosídeos cuja fração genina ou aglicona é um esteróide. Os principais glicosídeos conhecidos deste tipo são os digitálicos extraídos da dedaleira (Digitalis purpurea). Estes glicosídeos possuem dose terapêutica próxima à dose tóxica, devendo ser usados com muito cuidado, para evitar toxicidade.
·Glicosídeos Antraquinônicos:
São glicosídeos cuja fração aglicona é uma antraquinona. A aloína, uma das substâncias ativas da babosa (Aloe vera), é um glicosídeo deste tipo e responsável por parte de suas ações farmacológicas. Os glicosídeos antraquinônicos não são absorvidos pelo intestino, estimulando a sua mucosa e gerando uma ação laxativa. Seu gosto é muito amargo e também possuem atividade cicatrizante.
D) Óleos Essenciais ou Voláteis.
São compostos simples, em geral com estrutura cíclica, chamados de terpenos, e seus derivados, um álcool, um aldeído ou uma cetona. São voláteis devido ao seu baixo peso molecular e por isso são os responsáveis pelos odores das plantas e flores. De acordo com o número de átomos de carbono, os terpenos podem ser divididos em monoterpenos (10 átomos de carbono), sesquiterpenos (15 átomos de carbono), e diterpenos (20 átomos de carbono). Dão sabor picante e aromático às plantas medicinais.
Os óleos essenciais são encontrados sob a forma de misturas complexas com muitos constituintes, podendo chegar a 100 substâncias diferentes. Em geral há o predomínio de alguns compostos, que são responsáveis pelas características de cada óleo essencial.
São muito comuns no Reino Vegetal, ocorrendo em todas as famílias. Algumas, contudo, são particularmente ricas em óleos essenciais, tais como nas famílias Labiatae, Rubiaceae, Rosaceae, Lauraceae, Umbelliferae e Compositae.
Suas funções no vegetal são complexas. Elas incluem a polinização (o aroma atrai os polinizadores), proteção contra predadores e microorganismos, além de participarem dos processos celulares, segundo alguns autores.
Os óleos essenciais possuem algumas ações farmacológicas clássicas, tais como ação anestésica (mono e sesquiterpenos), analgésica (sesquiterpenos), anti-helmíntica (mono e sesquiterpenos), anti-histamínica (mono e sesquiterpenos), antiinflamatória (mono e sesquiterpenos), expectorante (monoterpenos) e sedativa (mono e sesquiterpenos).
Contudo alguns óleos essenciais possuem ações farmacológicas bastante específicas. Abaixo uma relação de espécies, seus óleos essenciais e sua ação farmacológica:
Nome da espécie
Nome comum
Óleo essencial
Atividade farmacológica
Eugenia caryophylla
Cravo
Eugenol
inibição da MAO
Foeniculum vulgaris
Erva doce
Anetol
leucoestimulante
Melissa officinalis
Erva cidreira
Citral
sedativo e ansiolítico
Matricaria chamomilla
Camomila
Camazuleno
anti-inflamatório
Os óleos essenciais são muito bem absorvidos por via oral, podendo também penetrar através da pele. Podem ser metabolizados no fígado, conjugados ao ácido glicurônico e excretados pela urina. Quando administrados em doses excessivas costumam causar irritação da mucosa do tubo digestivo e alterações neurológicas.
E) Saponinas:
Pertencem ao grupo dos heterosídeos, que são semelhantes aos glicosídeos, pois também possuem uma molécula de açúcar ligada a uma fração aglicona. Contudo, os heterosídeos se caracterizam por estar ligados a açúcares diferentes da glicose. As saponinas são assim chamadas por possuírem propriedade físico-química de saponificar substâncias lipossolúveis. Possuem sabor variado e quando agitadas em solução provocam o aparecimento de espuma, pois diminuem a tensão superficial da água.
As saponinas podem ser divididas em dois tipos, de acordo com sua fração aglicona:
·Saponinas esteroidais, nas quais a fração aglicona é um esteróide, e que ocorrem nos vegetais pertencentes à ordem das Monocotiledôneas (plantas cujo embrião possui apenas uma cotiledone ou folha embrionária).
·Saponinas triterpenicas, nas quais a fração aglicona é um triterpeno (hidrocarboneto cíclico com 30 átomos de carbono), e que ocorrem nos vegetais pertencentes à ordem das Dicotiledôneas (plantas cujo embrião possui duas cotiledones).
Nos vegetais parecem ter função de germinação e indução da floração.
Entre as ações farmacológicas comuns apresentadas pelas saponinas temos atividade mucolítica, expectorante, diurética, antisséptica, antimicrobiana e antiinflamatória. Abaixo alguns exemplos de atividades farmacológicas especiais de algumas saponinas:
Nome da espécie Nome comum Saponina Atividade farmacológica Glycyrrhiza glabra Alcaçuz glicirrizina corticoide-like/antitussígena Bupleurum sinense Chai Hu saicossaponinas imunomoduladora /redutora do colesterol Panax ginseng Ginseng ginsenosídeos adaptogênica /estimulante Aesculus hippocastanum Castanha da India aescina aescigenina venotrópico /anti-inflamatório
Como as saponinas saponificam as gorduras, elas podem ter ação hemolítica e necrotizante em doses excessivas, ou se injetadas por via parenteral. Elas são absorvidas por via oral, mas sua farmacologia ainda é pouco conhecida porque apenas recentemente os autores reconheceram a sua importância terapêutica.
F) Flavonóides:
Os flavonóides também são heterosídeos, ou seja, possuem um açúcar diferente da glicose ligado a uma fração aglicona. Nesses casos a fração aglicona corresponde a um pigmento. O nome flavonóide vem de flavus, que significa amarelo, já que esta é a principal cor desses pigmentos. Existem dois tipos principais de flavonóides:
·As flavanonas são flavonóides onde a fração aglicona é uma flavona, que é um pigmento amarelado. Ocorrem principalmente nas famílias Compositae, Rutaceae, Pinaceae, Gramineae, Scrophularaiaceae, Polypodiaceae e Leguminosae.
·Os flavonóides antociânicos são aqueles que a fração aglicona é uma antocianina, que é um pigmento azul comum nas flores. Ocorrem em vegetais que tem floração colorida.
No vegetal, atuam na diferenciação celular, no desenvolvimento de cotilédones e folhas ou então pigmentam flores, folhas e frutos.
As ações farmacológicas comuns dos flavonóides são antiinflamatória, estabilizadora do endotélio vascular, antiespasmódica e ações cardiocirculatórias. Entre os principais flavonóides conhecidos temos a rutina (de Ruta graveolens, ou arruda) e a hesperidina (comum no gênero Citrus, como laranja e tangerina), com atividade protetora de endotélio vascular e antiinflamatória.
Os flavonóides com maior importância terapêutica são os derivados de flavonas. Eles são bem absorvidos por via digestiva e sua toxicidade é baixa.
G) Mucilagens e Substâncias Pécticas:
São polissacarídeos, ou seja, polímeros da glicose e outras oses, formando macromoléculas. As substâncias pécticas são polímeros de menor tamanho que as mucilagens, e possuem características próprias. As mucilagens são assim chamadas devido ao aspecto gelatinoso que apresentam ao serem misturadas com água.
As mucilagens existem em algas e certos fungos e nas famílias Rosaceae, Linaceae, Boraginaceae, Liliaceae, Plantaginaceae, Malvaceae e Tiliaceae. No vegetal têm importância na translocação da água por ocasião da germinação.
As mucilagens não são degradadas pelas enzimas digestivas, nem absorvidas devido a seu grande tamanho, aumentando o bolo alimentar, por isso atuam como laxativos, ou como reguladores do apetite. É o caso do glucomanan, retirado da raiz do Konjac (Amorphophallus konjac), usado como redutor do apetite. Externamente, as mucilagens atuam como hidratantes por sua capacidade de armazenar água.
As substâncias pécticas ou pectinas ocorrem em toda a planta, mas principalmente nos frutos maduros, como a maçã (Pyrus malus); carambola (Averrhoa carambola) e na banana (Musa sp). Como as mucilagens, as pectinas não são degradadas nem absorvidas no tubo digestivo, contudo possuem atividade constipante. Acredita-se que sua função, nos vegetais, esteja relacionada ao amadurecimento dos frutos.
H) Resinas:
As resinas não representam um grupo quimicamente definido. São um complexo de substâncias heterogêneas, em parte dissolvidas em óleos essencias. A base das resinas é caracterizada pelas substâncias resinosas, que são compostos com 25 ou mais átomos de carbono e seus derivados aldeído e cetona, formando uma mistura que pode ter 30 ou mais componentes diferentes.
As resinas circulam em canais e bolsas dos vegetais, e formam sua seiva. O principal órgão dos vegetais onde as resinas podem ser encontradas é o caule. A sua função é de nutrição e circulação de substâncias entre as partes do vegetal.
As substâncias resinosas são formadas por uma transformação metabólica dos óleos essenciais, resultante, em geral, de sua fusão. Elas estão misturadas com outros compostos, e conforme a predominância destes compostos na composição da resina, ela apresenta aspecto e propriedades diferentes.
As resinas podem ser subdivididas em quatro tipos:
·As gomo-resinas são uma emulsão onde predomina uma goma (polímero de glicídeos), misturada com óleos essenciais e substâncias resinosas. Por isso costumam ser muito viscosas e se solidificam com rapidez. Podem ser aromáticas e ocorrem nas famílias Anacardiaceae, Zingiberaceae, Leguminosae, Compositae, Euphorbiaceae e na ordem Coniferae, das Gimnospermas. Um exempo de uma gomo-resina usada em Medicina é a mirra (Commiphora myrrha), indicada como cicatrizante, analgésica e antiinflamatória.
·O látex ou lacto-resina é uma emulsão leitosa, mais ou menos opaca, cujo aspecto é característico. É formada por compostos polimerizados e sua concentração de óleos essenciais é baixa. Pode conter alcalóides, carboidratos, minerais, gomas, pectina e ácidos graxos. Ocorre nas famílias Asclepiadaceae, Apocynaceae, Compositae, Euphorbiaceae, Moraceae, Papaveraceae e Sapotaceae. As lactoresinas costumam ser muito tóxicas e raramente são empregadas com fins terapêuticos.
·As óleo-resinas provêm da polimerização e oxidação incompleta de óleos essenciais. A parte transformada se dissolve na essência não alterada. Podem ter minerais, ácidos graxos e carbohidratos em sua composição. São substâncias espessas e possuem odor marcante por serem ricas em óleos essenciais. Ocorrem nas famílias Pinaceae, Anacardiaceae e Leguminosae. Um exemplo de óleo-resina com emprego terapêutico é o óleo de copaíba (Copaifera sp) usado popularmente como expectorante e anti-séptico urinário.
·Os bálsamo-resinas são produtos resinosos líquidos ou semilíquidos, aromáticos e de aspecto translúcido. Os bálsamos são misturas onde predominam os éteres formados de ácidos aromáticos e de resina-tanóis, solubilizados em óleos essenciais. Ocorrem em Leguminosae, Hamamelidaceae, e Styracaceae. Um exemplo de bálsamo-resina usado na medicina é o bálsamo do Peru (Myroxylon pereirae) indicado como cicatrizante.
I) Princípios amargos:
São substâncias que não possuem grupamento químico definido, mas que têm como característica comum forte sabor amargo, serem inodoras e amorfas. Em geral são glicosídeos, saponinas, alcalóides e, eventualmente, óleos essenciais.
No passado, dava-se especial importância aos princípios amargos, mas esta importância diminuiu com o avanço da fitoquímica. Mesmo assim, ainda hoje recomenda-se a determinação do índice de amargor para uma análise fitoquímica completa.
Apesar de não possuírem ação farmacológica marcante, estimulam as papilas gustativas, o que, por via reflexa, causa aumento das secreções digestivas. Por isto são considerados tônicos digestivos.
Ocorrem em muitas famílias, mas são abundantes nas Compositae e Gentianaceae.
J) Antraquinonas:
São substâncias policíclicas, com mais de 20 carbonos, inodoras e com aspecto amarelado ou acastanhado.
Existem nas famílias Liliaciae, Leguminosae, Rhamnaceae e Polygonaceae. Possuem ação laxativa, cicatrizante, anti-séptica e antiinflamatória local. As antraquinonas não são bem absorvidas pelo tubo digestivo, por isso, em geral seu emprego é cutâneo ou para atuação no intestino.
Um exemplo é a babosa (Aloe vera), que possui aloína e aloe-emodina, antraquinonas com atividade cicatrizante e laxativa. Algumas antraquinonas podem ter efeito carcinogênico com o uso muito prolongado.
L) Ácidos orgânicos:
São moléculas pequenas com um radical hidroxila, produzidas durante o metabolismo intermediário da célula vegetal. São encontradas em praticamente qualquer planta medicinal, mas ocorrem em maior concentração em plantas anuais ou bianuais (de ciclo rápido), especialmente nas famílias Compositae, Labiatae, Gramineae, Equisetaceae e Borraginaceae.
Às vezes podem ter função de carrear minerais sob a forma de sais, ou estar ligados a alcalóides. Suas ações farmacológicas costumam ser laxativa e diurética. Entre os principais ácidos encontrados temos os ácidos málico, cafeico, tartáreo, cítrico e oxálico.
Os ácidos orgânicos são bem absorvidos por via oral, sendo excretados na urina. Em concentrações exageradas podem causar irritação gástrica, diarréia e cistite. Em pessoas com história de litíase renal, devem ser evitadas plantas ricas em ácidos orgânicos, e particularmente o ácido oxálico, como é o caso do trevo (Oxalis sp).
M) Fitosteróis
São esteróides de origem vegetal. Atuam na planta promovendo o seu desenvolvimento e crescimento. Não possuem odor ou aspecto característico, sendo encontrados em qualquer planta medicinal, em concentração variável. Em algumas, como na família Dioscoreaceae, seu teor é muito alto, justificando o uso desta planta como matéria-prima para fabricação de estrogênios semi-sintéticos.
Os fitosteróis são bem absorvidos por via oral e podem ser metabolizados no fígado. Alguns, como o sitosterol possuem ação estrogênica fraca, atuando nos receptores estrogênico e modulando a produção e secreção hormonal. Podem atuar regulando o fluxo de bile e modificando o metabolismo do colesterol.
Sistema nervoso central
O Sistema nervoso central (SNC) corresponde ao cérebro, a medula espinhal e aos nervos periféricos. Dos fatores que afetam o cérebro, a falta de oxigênio é o mais crítico, pois o tecido nervoso não suporta mais de 3 minutos sem oxigenação.
Por isso a aterosclerose, que pode entupir os vasos sanguíneos e impedir a oxigenação cerebral é um fator importante de deterioração do SNC. O cérebro é rico em gorduras, e pode acumular substâncias ao longo do tempo.
Tais substâncias podem ser calmantes, bebidas alcoólicas, drogas psicoativas e metais pesados (chumbo, mercúrio e alumínio, principalmente) que causam lesões nos neurônios, prejudicando seu funcionamento.
Por fim, estados depressivos profundos e a estafa podem agravar ou desencadear doenças degenerativas do cérebro.
Como evitar as doenças do SNC:
· Podemos impedir tais processos degenerativos cerebrais evitando fatores de risco para aterosclerose (veja em doenças cardiovasculares), diminuindo o consumo de substâncias psicoativas, álcool e calmantes, e evitando também, alimentos e água contaminados com metais pesados. Procure fazer atividades físicas e intelectuais e, caso seja indicado, procure apoio psicoterápico e/ou uso de medicação, vitaminas e sais minerais, com orientação médica.

Sistema Cardiovascular

O sistema engloba o coração que bombeia o sangue e os vasos sangüíneos por onde o sangue circula. Os principais fatores de agressão do sistema cardiovascular são a hipertensão arterial e o colesterol alto.
Quando a pressão arterial está elevada, o coração tem que fazer mais força para vencer esta pressão, o que, com o tempo, causa uma fraqueza do músculo cardíaco que pode evoluir para a insuficiência cardíaca.
Outro mecanismo de agressão é o surgimento de placas de ateroma (depósito de gordura) na parede das artérias, que leva à aterosclerose, que obstrui o vaso, impedindo o sangue de circular e reduz a oxigenação e nutrição dos tecidos, podendo causar o infarto e o AVC (acidente vascular cerebral) e morte dos tecidos cardíaco e nervoso, respectivamente.
Os principais fatores geradores de doenças cardíacas e dos vasos sangüíneos são o tabagismo, o álcoolismo, alimentação rica em gordura (geradora de colesterol alto), ingestão excessiva de sal, vida sedentária sem a prática freqüente de exercícios físicos, obesidade, estresse físico e emocional e fatores genéticos. Fique atento aos primeiros sinais de comprometimento da saúde do sistema cardiovascular: palpitação, inchaços nas pernas, falta de ar, fadiga, dor de cabeça, tonteira.
Como evitar as doenças cardiovasculares:
· A prevenção baseia-se em medidas gerais como dieta com pouca gordura e pouco sal e rica em vegetais (ricos em vitaminas, sais minerais, fibras e proteínas); beber um cálice de vinho tinto ao dia durante a refeição; nos casos de obesidade, fazer dieta de emagrecimento equilibrada com acompanhamento médico; exercícios físicos regulares, exercícios de relaxamento; evitar o tabagismo, o estresse e a tensão emocional. Consulte periodicamente o seu médico para uma avaliação cardiológica.
· No controle da pressão arterial, acrescenta-se uma dieta com pouco sal e, se necessário, medicamentos anti-hipertensivos com acompanhamento médico.
· No caso de hiperlipidemia (colesterol alto) use azeite, óleo de girassol ou de canola; coma beringela, alcachofra e soja, com freqüência; evite as gorduras animais, (manteiga, leite integral, carne, principalmente a vermelha); dê preferência às carnes grelhadas ou assadas no lugar das frituras, além das medidas gerais para doenças cardiovasculares.
· As varizes podem ser evitadas com o hábito de elevar as pernas sempre sobre um apoio diariamente; não permanecendo de pé por longos períodos; evitando o uso de pílula anticoncepcional; usar meias elásticas, além de medidas gerais de prevenção de doenças cardiovasculares.

Um comentário:

  1. Por gentileza. Grande parte do texto deste blog corresponde, exatamente, ao texto de uma apostila que construí há mais de quinze anos e que utilizo para dar aulas. Ela não possui direitos autorais, portanto, não estou reclamando esses direitos, mas, por curiosidade, como tiveram aceso a esse material?! Poderiam citar-me como fonte, pelo menos?

    MAMEDE, W. Introdução à Fitoterapia. Goiânia: Fitoflora, 2001.

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